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quinta-feira, 19 de setembro, 2024
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MPE teme colapso em Dourados e transferências de pacientes para a capital

O MPE-MS (Ministério Público Estadual) teme o colapso do sistema de saúde em Dourados devido ao crescente número de casos confirmados do novo coronavírus (Covid-19). Considerado epicentro da doença no Estado, a saúde local pode não aguentar e precisar transferir pacientes graves para Campo Grande.

Em recomendação expedida à prefeitura da Capital, a promotora Filomena Aparecida Depólito Fluminhan, da 32ª Promotora de Justiça, cita a maior e mais populosa cidade do interior de Mato Grosso do Sul para ilustrar cenários preocupantes que justificam a adoção de medidas restritivas de prevenção à doença.

Aos gestores campo-grandenses, recomendou que “seja implementada a obrigatoriedade do uso de máscara de proteção facial, pela população em geral, sem prejuízo das recomendações de isolamento social, etiqueta respiratória e higienização das mãos e das demais recomendações expedidas pelas autoridades sanitárias visando interromper o ciclo da COVID-19, devendo a obrigatoriedade se estender a todos os locais de  acesso ao público”.

Nesse ponto, indica “todos os espaços de acesso aberto ao público e nos passeios públicos”, e o “interior de todos os equipamentos de transporte coletivo (incluindo terminais, Vans, taxis, transporte por  Aplicativos), de estabelecimentos comerciais, industriais/afins e de serviços, sociais, religiosos, etc…  no âmbito do Município de Campo Grande”.

Publicada no Diário Oficial do MPE desta terça-feira (16), a Recomendação 0010/2020/32PJ/CGR foi assinada no dia 9 de junho e considerou notar-se “o avanço da transmissão de Sars-Cov2 na macrorregião de Dourados, cuja sede – Dourados – alcançou 674 casos confirmados em 09/06/2020, até mesmo ultrapassando o número de casos confirmados nesta Capital, destacando-se ainda, os municípios de Fátima do Sul (167 casos), Rio Brilhante (106 casos), Douradina (72 casos) e Itaporã (67 casos),  o que vem a reforçar que a replicação do vírus no Estado vem ocorrendo de forma descontrolada”.

Em meio às considerações, a promotora de Justiça afirmou que, “pelo exposto, há risco de colapso do sistema de saúde também na macrorregião de Dourados, haja vista que sua sede (cidade de Dourados) possui estrutura hospitalar ainda mais deficitária que esta Capital, pois possui atualmente apenas 48 Leitos de UTI Adulto e 03 de UTI Pediátrico específico de COVID, para uma macrorregião que atende um total de 33 Municípios alçando o total de 821.310 habitantes. Enquanto Campo Grande possui 97 Leitos COVID  de UTI Adulto  e 07 de UTI Pediátrico específicos de COVID para pacientes de sua macrorregião que atende um total de 34 Municípios alçando o total de 1.502.351  habitantes (conforme Relatório de 2019 SES); o que pode demandar encaminhamento de pacientes graves a Campo Grande, minorando ainda mais sua capacidade operacional”.

Na mais recente divulgação feita pela Prefeitura de Dourados, segunda-feira (15), foi detalhado que o município chegou a 1.197 casos confirmados, com pacientes 345 recuperados, 816 em isolamento domiciliar e 34 internados – 19 em leitos clínicos e 15 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), além de cinco óbitos.

Fonte: Dourados News

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