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quinta-feira, 21 de novembro, 2024
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MS tem 4,7 milhões de hectares de pastagens degradadas para recuperação e aumento da produção

Mato Grosso do Sul possui 4,7 milhões de hectares de pastagens degradadas que podem ser recuperadas economicamente, abrangendo 38 mil propriedades rurais. Os dados foram divulgados em reunião do comitê gestor do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD), que contou com a presença da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

Criado em dezembro pelo Governo Federal, o PNCPD visa promover políticas públicas para transformar pastagens degradadas em sistemas sustentáveis, estimulando práticas agropecuárias que capturam carbono. A meta é recuperar até 40 milhões de hectares de pastagens nos próximos dez anos.

Pastagens degradadas são aquelas que perderam vigor e capacidade de recuperação natural, comprometendo a produção animal e os recursos naturais. O secretário da Semadesc, Jaime Verruck, destacou que o programa é essencial para o desenvolvimento sustentável do Brasil, promovendo a conservação do solo e da água, além de aumentar a produtividade pecuária.

Verruck explicou que em Mato Grosso do Sul existem 12 milhões de hectares de pastagens degradadas, dos quais 4,7 milhões podem ser recuperados para atividades como agricultura, pecuária, sistemas agroflorestais e silvicultura. O plano estadual já tem como meta recuperar 1,167 milhão de hectares entre 2020 e 2030, com ou sem ações do Governo Federal.

O estudo do PNCPD avaliou áreas considerando solo, déficit hídrico e aptidão agrícola, identificando as melhores áreas para recuperação. Segundo Verruck, 600 mil hectares poderiam ser destinados ao cultivo de soja, 3,7 milhões para pecuária de corte, 1,3 milhão para pecuária leiteira, 1,6 milhão para silvicultura e 26 mil hectares para sistemas agroflorestais.

Outro destaque é o potencial para envolver a agricultura familiar, com a possibilidade de desenvolver sistemas agroflorestais em 217 mil hectares em assentamentos, reforçando programas como o de Agricultura de Baixo Carbono.

O programa também busca ampliar a oferta de financiamento, incentivando instituições financeiras a apoiar a implementação do PNCPD. Verruck ressalta que o Brasil precisa de mais linhas de crédito específicas e de longo prazo para a recuperação de pastagens, com prazos maiores e juros menores, destacando a importância de estratégias adequadas para atrair financiamento internacional.

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