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sexta-feira, 5 de julho, 2024
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MS tem 71% dos ‘profissionais’ autônomos na informalidade, diz IBGE

Um mercado de trabalho irreal ou superficial para quem se intitula profissional autônomo ou liberal em Mato Grosso do Sul. Os números apontam que em MS, 71% dos autônomos estão na informalidade, onde de 300 mil trabalhadores por conta própria observados em levantamento em 2023, apenas 29% possuía algum vinculo de registro, como o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). Contudo, isto ainda pode ser comemorado, pois se contabilizou um aumento na demanda de inclusão no CNPJ.

A realidade de MS, em sexto no ranking nacional, vem do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que divulgou nesta sexta-feira (21), a edição de 2023 da Pnad Contínua (Características Adicionais do Mercado de Trabalho). O levantamento revela importantes dados sobre a força de trabalho em Mato Grosso do Sul, destacando o aumento no registro de CNPJ entre trabalhadores por conta própria e empregadores.

Em 2023, 29% dos 300 mil trabalhadores por conta própria em Mato Grosso do Sul possuíam registro no CNPJ, um crescimento em relação aos 27,7% de 2022 e aos 14,3% de 2012. Isso representa um aumento consistente ao longo dos anos, evidenciando uma tendência de formalização entre esses profissionais, no entanto, a esmagadora maioria de 71% estão trabalhando por conta própria de maneira informal.

A nível nacional, o Estado ocupa a sexta posição entre as unidades da federação com maior percentual de trabalhadores por conta própria registrados, sendo superado por Estados de ampla economia como Rio Grande do Sul (38,2%) e Santa Catarina (37,2%), que lideram o ranking.

Homens e mulheres

A pesquisa também aborda a distribuição por gênero entre os trabalhadores por conta própria. No Estado, 191 mil homens trabalham por conta própria, dos quais 29,3% têm CNPJ. Entre as 109 mil mulheres nessa condição, 27,5% possuem CNPJ. Embora a diferença percentual seja pouca, há uma ligeira vantagem para os homens na formalização.

O estudo também destaca o aumento no percentual de empregadores com CNPJ. Em 2023, dos 78 mil empregadores, 83,3% possuíam registro, comparado a 78,8% em 2022 e 76,9% em 2012.

Este crescimento reflete uma maior formalização dos negócios no estado, que ocupa a nona posição no ranking nacional de empregadores registrados. Santa Catarina lidera com 91,4%, seguido por São Paulo com 87,9%, enquanto Sergipe apresenta o menor índice com 57,1%.

Na distribuição por gênero, dos 78 mil empregadores em Mato Grosso do Sul, 51 mil eram homens e 27 mil mulheres. Nesse caso, o nível de registro entre as mulheres é significativamente superior. Entre os homens, 80,4% possuem registro no CNPJ, enquanto entre as mulheres, esse percentual sobe para 88,9%.

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