Estado fechou o programa com mais de 47,5 mil CPFs envolvidos em negociações via site do Desenrola que somaram mais de R$ 39,9 milhões
Mato Grosso do Sul contabilizou 53.902 negociações da Faixa 1 do Desenrola, programa lançado pelo Governo Federal em julho de 2023 para combater a crise de inadimplência que se abateu sobre o país em função da pandemia de covid-19. Iniciada em outubro de 2023, a Faixa 1 contemplou pessoas com renda de até dois salários mínimos ou inscritas no CadÚnico.
O Desenrola beneficiou 15 milhões de pessoas com a negociação de R$ 53 bilhões em dívidas e reduziu a inadimplência entre a população que mais precisa de apoio. A Faixa 1 teve adesão de cinco milhões de pessoas com a negociação de mais de R$ 25 bilhões em débitos. O programa foi encerrado em 20 de maio.
Levando-se em conta apenas as operações realizadas por meio do site do Desenrola, sem contar os dados de canais dos parceiros — como Serasa, Itaú, Santander, Caixa — as quase 54 mil negociações na Faixa 1, no Mato Grosso do Sul, envolveram um valor original de R$ 252,4 milhões em dívidas.
Com 47.564 CPFs registrados, o Desenrola no estado resultou em 103,5 mil contratos revistos. A partir das negociações, o total caiu para R$ 39,9 milhões, dos quais pouco mais de R$ 6 milhões foram pagos à vista e o restante (R$ 33,8 milhões) foi acordado de forma parcelada. Mato Grosso do Sul foi a 15ª unidade da Federação com maior número de contratos negociados na Faixa 1 no programa.
Benefício
“O programa foi um verdadeiro sucesso, por diminuir o endividamento da população mais vulnerável e reduzir o ritmo de crescimento da inadimplência como um todo. Além disso, precisou de aporte relativamente baixo do governo: R$ 1,7 bilhão dado como garantia caso as pessoas não paguem o refinanciamento”, afirmou o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto.
“Para cada R$ 1 investido no Desenrola, foram negociados R$ 25 em dívidas atrasadas. Isso beneficiou mais de 600 credores com valores que, em muitos casos, eles já davam como perdidos. Tudo isso favoreceu a economia brasileira como um todo”.