A mulher de 30 anos presa em flagrante na segunda-feira (06), em Campo Grande, ao ameaçar matar e esquartejar o próprio filho, de apenas seis meses, e enviar as partes do corpo em malas pelos Correios até a casa do pai biológico, em Salvador (BA), passou por audiência de custódia nessa terça (7) e foi solta.
A decisão pela liberdade da autora partiu do juiz Eduardo Eugênio Siravegna Junior, responsável pelo processo nesse momento. Na justificativa, ele descreveu que autora é ré primária e possui bons antecedentes, além de ter residência fixa e trabalho lícito.
Apesar de poder responder ao processo em liberdade, a mãe da vítima terá que cumprir uma série de medidas cautelares, uma delas é não se ver e nem se aproximar mais do próprio filho, que terá a guarda provisória concedida a avó materna, com quem já morava.
O juiz também estabeleceu, em caráter de urgência, que se encaminhe o caso ao Conselho Tutelar e ao Juízo da Infância. “Entendo que a prisão preventiva não se faz necessária, ao menos neste momento, assim como o uso de tornozeleira eletrônica”, decidiu.
O caso
Segundo consta, a avó da criança (mãe da autora) foi quem chamou a polícia e denunciou os fatos, atendendo ao pedido do pai, que atualmente reside no estado da Bahia. O bebê morava com a mãe e a avó.
O homem disse que há tempos vem sofrendo ameaças por parte de sua ex-companheira. Em uma dessas, a mulher disse que iria degolar e esquartejar o corpo do bebê, em seguida, enviaria os pedaços por meio malas até a casa dele pelos Correios.
Desesperado com a ameaça, ele pediu ajuda para a ex-sogra, de 58 anos, cobrando alguma providência, e essa decidiu então acionar as autoridades. A equipe foi até a casa, na Rua Francolim, no bairro Carandá Bosque, e a prendeu em flagrante.
Ainda segundo o boletim, a autora resistiu a abordagem, recusando entrar no camburão, por isso, ela foi algemada, sendo necessário o uso da força. Na viatura, ela fez ameaças, dizendo que iria voltar e matar a própria mãe e colocar fogo no corpo dela.
Diante da ameaça, a avó pediu uma medida protetiva. A criança ficou sob a tutela dela, mas o Conselho Tutelar vai acompanhar. O caso foi registrado na Depac Cepol como ameaça e será investigado.