A partir deste sábado (1º), consumidores com dívidas em atraso poderão renegociar seus débitos por meio do Mutirão Nacional de Negociação e Orientação Financeira. A iniciativa, que se estende até o dia 31 de março, permite a negociação de dívidas como cartão de crédito, cheque especial, crédito consignado e outras modalidades contraídas em bancos e instituições financeiras, desde que não possuam bens dados em garantia ou estejam prescritas.
A ação é uma parceria entre a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o Banco Central do Brasil, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e os Procons. Mais de 160 instituições financeiras e entidades parceiras estão envolvidas na campanha.
Condições Especiais
Os bancos participantes vão oferecer condições diferenciadas, como parcelamentos, descontos no valor da dívida e taxas de juros reduzidas para refinanciamento, de acordo com suas políticas de crédito. As negociações podem ser feitas diretamente com as instituições financeiras, por meio de seus canais oficiais, ou pelo portal consumidor.gov.br.
“A ação também ajuda a prevenir o superendividamento e serve como um canal para a educação financeira dos consumidores, por meio da disponibilização de cursos e conteúdo gratuito”, destacou Amaury Oliva, diretor de Cidadania Financeira e Relações com o Consumidor da Febraban.
Como Participar
Os consumidores interessados podem consultar suas dívidas pelo sistema Registrato, do Banco Central, que fornece relatórios sobre empréstimos e financiamentos, além de saldo devedor e status das operações. O acesso ao sistema pode ser feito pelo site https://www.bcb.gov.br/meubc/registrato.
Após obter as informações, basta se cadastrar no portal consumidor.gov.br, procurar a empresa credora, registrar a reclamação e aguardar a resposta. Caso prefira atendimento presencial, é possível buscar o Procon participante da localidade.
Balanço de Renegociações
Desde 2019, o mutirão faz parte do calendário permanente dos bancos, ocorrendo em março e novembro. De acordo com a Febraban, 33 milhões de contratos já foram renegociados. Na edição mais recente, em novembro de 2024, 1,75 milhão de contratos foram repactuados, proporcionando alívio financeiro para milhares de consumidores.
