09/03/2015 19h00
No sexto dia de alta, dólar fecha a R$ 3,13 e atinge o maior valor desde 2004
O dólar comercial registrou a sexta alta seguida nesta segunda-feira (9) e fechou com valorização de 2,4%, a R$ 3,13 na venda. É o maior nível de fechamento desde 22 de junho de 2004, quando valia R$ 3,131. É também a maior alta percentual diária desde 30 de janeiro, quando a moeda avançou 2,96%.
A moeda norte-americana encerrou todas as cinco sessões da semana passada com alta de mais de 1%, acumulando ganho de 7,02% no período, a maior desde novembro de 2008 (8,37%), no auge da crise econômica global. Nas últimas seis sessões, o dólar avançou 9,58%.
Investidores estavam preocupados com a viabilidade do ajuste fiscal, que é feito por meio do aumento de impostos e corte de benefícios.
As medidas de reequilíbrio das contas públicas vinham segurando uma maior alta do dólar, com perspectivas de que a economia pudesse retomar força.
Nas últimas semanas, contudo, as dificuldades que o governo tem enfrentado para implementar essas ações levantaram dúvidas entre investidores, que passaram a evitar negócios brasileiros. Isso impulsionou o dólar aos maiores níveis em mais de dez anos.
O movimento também reforçou a incerteza sobre o futuro das intervenções diárias do Banco Central no mercado de câmbio, marcadas para durar pelo menos até o fim deste mês.
O BC manteve seu programa de intervenções no mercado de câmbio, mas agora com metade da oferta.
Foram vendidos 2.000 contratos de swap (equivalente à venda futura de dólares) com vencimento em 1º de dezembro deste ano. O BC também ofertou contratos para 1º de março do ano que vem, mas não vendeu nenhum.
O BC fez, ainda, mais um leilão para rolar os contratos que vencem em 1º de abril. Foram vendidos 7.400 swaps: 6.800 com vencimento em 1º de junho de 2016, e os outros 600 para 3 de outubro do ano que vem.
A operação movimentou o equivalente a US$ 356,2 milhões. Ao todo, o BC rolou o equivalente a US$ 2,149 bilhões, ou cerca de 22% do lote total, correspondente a US$ 9,964 bilhões.
(Com Reuters, via Uol)