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quarta-feira, 18 de setembro, 2024
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Operação nacional combate o desflorestamento ilegal da Mata Atlântica

Considerada a maior investida de combate ao desmatamento da Mata Atlântica do País, a Operação Mata Atlântica em Pé começou nesta segunda-feira (16) em 17 estados brasileiros, incluíndo Mato Grosso do Sul.

Coordenada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pela Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (ABRAMPA), serão contabilizadas as áreas desmatadas e as infrações identificadas.

Em Mato Grosso do Sul, participam o MPMS, Polícia Militar Ambiental (PMA) e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL). Serão feitas vistorias até o dia 27 de setembro.

Os alvos foram refinados e validados pelo Núcleo de Geotecnologias (NUGEO) do MPMS, no âmbito do Programa DNA Ambiental, que realiza análise multitemporal, via sensoriamento remoto, para identificação dos desmatamentos possivelmente ilegais no Estado.

As equipes visitarão áreas identificadas com possível ocorrência de degradação e também realizarão fiscalização remota. Os responsáveis poderão ser autuados e responder judicialmente, além de estarem sujeitos às sanções administrativas. 

Edições anteriores

Em 2023, a Operação Nacional permitiu a identificação de 17.931 hectares de supressão ilegal de vegetação nativa do bioma Mata Atlântica – em 2022 foram 11,9 mil. Ao todo, foram alvos de fiscalização 1.399 polígonos, o que resultou na aplicação de aproximadamente R$ 82 milhões em multas.

Os Estados que participam da Operação Mata Atlântica em Pé são: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Apesar de representar uma redução em relação ao número de 2021-2022, que foi de 20.075 hectares, o deflorestamento ainda é grande, principalmente em áreas de transição ou cercadas por outros biomas, como Cerrado e Caatinga.

Quatro estados acumularam 90% do desflorestamento: Piauí (6.192 ha), Minas Gerais (3.193 ha), Bahia (2.456 ha) e Mato Grosso do Sul (1.457 ha). A recuperação de áreas florestais é fundamental para o bioma e para mitigação das mudanças climáticas.

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