Equipes da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai e da Polícia Federal brasileira encerraram nesta quinta-feira (20) a 48ª edição da Operação Nova Aliança, considerada a maior ofensiva contra cultivos de maconha no mundo.
A operação foi realizada ao longo da linha internacional entre o departamento de Amambay, no Paraguai, e o estado de Mato Grosso do Sul, no Brasil. Durante os dez dias de duração, as equipes destruíram cerca de 879 toneladas de maconha, a maioria ainda em fase de colheita. Além disso, foram encontrados e incinerados estoques da droga já processada em acampamentos clandestinos no meio da mata.
Com o apoio de helicópteros da Polícia Federal e da Força Aérea Paraguaia, os agentes chegaram aos campos de cultivo e erradicaram 289 hectares de plantações em desenvolvimento. Cada hectare tem capacidade de produzir, em média, três toneladas de maconha pronta para o consumo.
No decorrer da operação, as equipes identificaram e destruíram 57 acampamentos utilizados pelos narcotraficantes. Nestes locais, foram encontradas e incineradas 12,2 toneladas de maconha já processada. Segundo estimativa da Senad, o prejuízo financeiro causado ao narcotráfico chegou a aproximadamente 26 milhões de dólares.
Muitas das roças de maconha localizadas na região são controladas por facções criminosas brasileiras. A operação contou com o acompanhamento do ministro-chefe da Senad, Jalil Rachid, do diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, delegado Ricardo Saadi, além de oficiais militares paraguaios e da promotora de Justiça Rosana Coronel.