Uma reunião realizada na tarde desta quinta-feira (3), coordenada pela Divisão de Integração de Infraestrutura do Ministério das Relações Exteriores, discutiu o andamento das obras da Rota Bioceânica. O encontro revelou que a conclusão da ponte sobre o Rio Paraguai, que liga Porto Murtinho (Brasil) a Carmelo Peralta (Paraguai), está prevista para fevereiro de 2026. A pavimentação de um trecho no lado paraguaio também foi abordada.
Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), representou Mato Grosso do Sul na reunião, acompanhado pelo assessor de Logística, Lúcio Lagemann.
Verruck informou que, segundo o consórcio PYBRA, responsável pela construção da ponte, a previsão de entrega foi adiada de novembro de 2025 para fevereiro de 2026. Apesar disso, as obras seguem dentro do cronograma, tendo superado os atrasos ocorridos no lado brasileiro.
A pauta do encontro abordou seis itens principais: o status da ponte Bioceânica, a obra de acesso à ponte, o recinto aduaneiro, o cronograma consolidado das obras, a interconexão com o Brasil e o andamento das obras no lado paraguaio. Estiveram presentes representantes de diversas entidades, como a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte), Receita Federal, Polícia Rodoviária Federal, e o consórcio PYBRA, entre outros.
Além da ponte, Verruck destacou que a pavimentação das rodovias no Paraguai, entre Mariscal Estigarríbia e Poso Hondo, deve ser concluída até o final de 2026. As obras de acesso à ponte de Porto Murtinho, parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), devem começar em breve, com o canteiro de obras já instalado e a ordem de serviço emitida.
Quanto à readequação da BR-267, trecho que integra a Rota Bioceânica em Mato Grosso do Sul, foi discutida a revitalização entre Alto Caracol e Porto Murtinho. O Governo Federal destinará R$ 200 milhões para essa obra, recurso já garantido pelo PAC. Além disso, Verruck mencionou que 248 km da BR-267, entre Bataguassu e Nova Alvorada, serão incluídos no conjunto de rodovias da rota da celulose, que será licitada pelo governo estadual.
Por fim, a Receita Federal solicitou uma revisão no projeto da área alfandegada, o que foi considerado normal, dada a complexidade da obra.