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domingo, 22 de dezembro, 2024
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Petrobras muda parte de politica de preços e já reduz valores do diesel, gasolina e do gás de cozinha

A Petrobras anunciou a pouco, no fim da manhã desta terça-feira (16), a tão esperada mudança na politica da empresa, em calcular o valor dos combustíveis no Brasil. O anuncio, da mudança de parte de politica de preços, já veio também, com uma redução de valores do diesel, gasolina e do gás de cozinha, mas nas distribuidoras, que devem repassar o corte ao preço final ao consumidor. Veja abaixo, detalhes dos números e mudanças que passaram a ser aplicadas nos próximos dias e ao futuro.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, resume as mudanças a serem praticadas, a partir de hoje, como uma nova estratégia comercial de preços da petrolífera para o mercado interno. Os dirigentes defenderam, como muito já fez o presidente Lula, em ‘abrasileirar’ os preços dos produtos no Brasil. “A Petrobras recupera sua liberdade de estabelecer preços. Nos alforriamos de um único e exclusivo fator, que era a paridade. Praticar só os preços pelo valor internacional em dólar”, afirmou Paul Prates, ao anunciar a redução no valor dos combustíveis, em entrevista coletiva em Brasília.

Conforme anúncios, a queda no preço será a R$ 0,44 por litro do preço médio do diesel para as distribuidoras, que passará de R$ 3,46 para R$ 3,02. Já o preço médio da gasolina será reduzido em R$ 0,40 por litro, passando de R$ 3,18 para R$ 2,78 – valor pago pelas distribuidoras.  A redução para o gás, será de 21,3% no preço médio de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP).

Contudo, em nota, a Petrobras destaca que o valor cobrado ao consumidor final nos postos, deve cair, mas com valores diferentes, pois até chegar na bomba, o preço é afetado por outros fatores como impostos, estaduais principalmente; em mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda. 

Festejar

Brasília (DF), 16.05.2023 - Presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, ao lado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defende 'abrasileirar' preços e anuncia redução no valor dos combustíveis, em entrevista coletiva em Brasília. Fábio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
 (Foto :Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, exaltou a ação e o dia, que deve ser considerado de comemoração festiva.

“Era hora de abrasileirar os preços dos combustíveis. Hoje é um dia de festa para o governo e para a sociedade. Chegamos em pouco tempo de governo, já ter baixado os então altíssimos preços dos combustíveis, mas que hoje, ainda anunciamos mais queda. Temos que comemorar”, disse Silveira.

O possível novo preço do botijão de gás

A Petrobras anunciou nesta terça-feira (16) uma redução de 21,3% no preço médio de venda do gás, já a partir desta quarta-feira (17). A Petrobras venderá o botijão de 13 quilos de GLP às distribuidoras por um valor, em média, R$ 8,97 inferior ao atual. Se as distribuidoras repassarem a economia integralmente ao consumidor final, o botijão poderá chegar às residências pelo preço médio de R$ 99,87.

“Esta é a melhor notícia. Baixamos [o preço do botijão] de R$ 100”, comentou Prates logo após se reunir com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em Brasília. De acordo com o presidente da Petrobras, esta é a primeira vez, desde outubro de 2021, que o preço do botijão de gás vendido às distribuidoras cai abaixo dos R$ 100.

A redução dos preços dos produtos para revenda, no entanto, depende de vários fatores, como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda. “Teremos a melhor alternativa de preços para nossos clientes em cada ponto de venda da Petrobras. Lembrando que [no caso dos combustíveis] a empresa não tem mais uma distribuidora”, acrescentou Prates.

Faremos o melhor preço dentro de nossas possibilidades, usando para esse efeito a autossuficiência conquistada em anos e anos. (Jean Paul Prates, presidente da Petrobras).

Veja detalhes dos números

≡ GASOLINA — Para a gasolina A (sem misturas), a redução é de R$ 0,40 por litro. Com a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol para a composição da gasolina comercializada nos postos, o preço médio ao consumidor pode sair de R$ 5,49 para R$ 5,20 por litro.

≡ DIESEL — A redução no diesel é de R$ 0,44 por litro para as distribuidoras. Com a mistura obrigatória de 12% de biodiesel, a tendência é de que o preço médio ao consumidor na bomba passe R$ 5,57 para R$ 5,18 por litro.

≡ GÁS DE COZINHA — O gás de cozinha terá redução de R$ 0,69 por kg no preço médio. A estimativa é de que o preço médio ao consumidor chegue a R$ 99,87 pelo botijão de GLP de 13kg. A primeira vez que o preço pode ser menor que R$ 100 desde outubro de 2021.

≡ IMPORTANTE — O valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto depende de outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da revenda.

≡ O QUE MUDA

Na formação de preços, a companhia busca evitar o repasse da volatilidade do mercado internacional e da taxa de câmbio ao consumidor em dolar. Houve anos em que a política de paridade ao dólar resultou em mais de 100 reajustes em um ano.

A partir de agora, a empresa levará em conta a sua capacidade de atuar de produção e de atuação no mercado interno. O mercado internacional segue como referência, mas não como uma “amarra”.

≡ POR QUÊ? — A redução do preço da Petrobras tem como objetivos a manutenção da competitividade dos preços da companhia e a participação de mercado da empresa para otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os mercados nacional e internacional.

TRANSPARÊNCIA — A Petrobras publica em seu site informações referentes à sua parcela e dos demais agentes na formação e composição dos preços médios de combustíveis ao consumidor no endereço.

O QUE DIZ O MINISTRO — “A PPI criada em 2017 era uma abstração. Uma mentira. Um crime contra o povo brasileiro. Impunha uma algema, uma mordaça a uma política de competitividade dos preços no Brasil. Não teremos volatilidade como no PPI. O anúncio de hoje é motivo de alegria e um sinal claro de que o Governo vai cobrar de todas as empresas o seu papel social. Isso sem deixarem de ser competitivas, lucrativas, atrativas para investidores”

Com informações Secom Gov

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