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sábado, 4 de janeiro, 2025
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PF: Braga Netto teve papel decisivo no suposto golpe e atuou como elo no plano para matar Lula

General do Exército e ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro foi preso neste sábado (14) pela PF, no Rio de Janeiro (RJ)

Preso pela PF (Polícia Federal) na manhã deste sábado (14) no Rio de Janeiro, o general do Exército e ex-ministro da Casa Civil Braga Netto é apontado como a ligação entre o plano para matar Luiz Inácio Lula da Silva e Alexandre de Moraes e o suposto golpe de Estado, segundo as investigações. Os agentes concluíram ainda que o ex-integrante do governo de Jair Bolsonaro teve a participação concreta em ambas as ações. Ele nega as acusações.

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As informações constam em relatório elaborado pela PF sobre os eventuais crimes. O documento foi liberado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no final de novembro. O general do Exército participou de forma “concreta” nos atos relacionados a suposta tentativa de golpe de Estado, sendo que tinha conhecimento e aprovou os planos articulados para impedir a posse do presidente Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin.

“Os elementos probatórios obtidos ao longo da investigação evidenciam a sua participação concreta nos atos relacionados a tentativa de Golpe de Estado e da Abolição do Estado Democrático de Direito, inclusive na tentativa de embaraçamento e obstrução do presente procedimento”, aponta o relatório da PF, que destaca uma reunião realizada em 12 de novembro de 2022 na casa de Braga Netto, na Asa Sul de Brasília.

A reunião tinha o objetivo de dar suporte às medidas necessárias para tentar impedir a posse do governo eleito e restringir o exercício do Poder judiciário. A força de segurança diz que na ocasião foi discutido o “planejamento operacional para a atuação dos “kids pretos”, que são os militares de alta desempenho em ações de grande impacto.

A investigação da PF atribui ao general do Exército envolvimento direto com a ação de kids pretos mobilizados para a “Operação Punhal Verde e Amarelo”, plano apreendido com Mário Fernandes e que detalhava a estratégia para os assassinatos de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes.

Braga Netto estava envolvido, segundo a PF, no esquema de ataques pessoais a integrantes das Forças Armadas que não estavam dispostas a prosseguirem com o golpe de Estado. Nesse contexto, o general do Exército determinou a Ailton Barros que direcionasse os ataques ao então comandante Freire Gomes e Baptista Júnior, e, por outro lado, elogiasse Almir Garnier Santos, da Marinha, que era à favor da medida antidemocrática.

Na época, Braga Netto negou as acusações. Pelas redes sociais, afirmou nunca se tratar de golpe, “e muito menos de plano de assassinar alguém”. Em nota, a defesa do militar repudiou a criação de “uma tese fantasiosa e absurda”. “A defesa do general Braga Netto acredita que a observância dos ritos do devido processo legal elucidarão a verdade dos fatos”, diz o texto.

Fonte: R7

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