A Polícia Federal prendeu o blogueiro Oswaldo Eustáquio, na manhã de sexta-feira (26) em Campo Grande. Ele é investigado na Operação Lume, inquérito que apura financiamento e organização de atos antidemocráticos para a volta da ditadura militar e fechamento do Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).
A Polícia Federal localizou o ativista bolsonarista inicialmente em Ponta Porã (MS), na divisa com o Paraguai. Ele vinha sendo monitorado pois haveria perigo de ele deixar o país. Hoje, ele estava na capital do estado.
O blogueiro apareceu em uma live com o ex-deputado condenado no mensalão Roberto Jefferson, quando o político defendeu que haveria uma tentativa de golpe contra Jair Bolsonaro (sem partido). A conversa ao vivo foi retransmitida pelas redes sociais do presidente.
Em sua rede social, o blogueiro disse hoje que possui um “núcleo de jornalismo investigativo”. O referido núcleo estaria no Paraguai, onde descobriu que o “comércio aberto” e o “combate à desinformação da mídia” seria a causa de poucas mortes por coronavírus no país vizinho.
Eustáquio depois disse que ele mesmo estava no Paraguai. “Estou aqui. E o que vejo é o comércio aberto, povo sem máscara e postos de saúdes vazios”, afirmou na rede social.
A esposa do blogueiro trabalha no governo Bolsonaro. Meses atrás, Eustáquio se apresentou à reportagem do UOL e a uma outra pessoa em Brasília como ex-assessor da ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves.
A assessoria do ministério diz que o blogueiro não trabalhou na pasta. A reportagem perguntou se Eustáquio trabalhou, ainda que informalmente, para a ministra e para o ministério. Mas não houve resposta até o momento.
Fonte: UOL