A PF-MS (Polícia Federal em MS) deflagrou nesta sexta-feira (28), a “Operação Lucro Espúrio”, com objetivo de investigar crimes de peculato e fraude em contratos administrativos em campus da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). As apurações policial foram durante esta semana, culminando na ação presencial no município de Três Lagoas.
Conforme a PF, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, um no campus da UFMS de Três Lagoas/MS e outro na residência de um investigado, também no município. As medidas cautelares foram deferidas pelo Juízo Federal de Garantias da 3ª Vara de Campo Grande/MS.
“A investigação teve início na data de 24/02/2025 (segunda-feira), em decorrência do encaminhamento de ofício da UFMS para a Polícia Federal indicando a suspensão de contrato administrativo por suspeita de fraude e desvio de recursos públicos, com o fechamento do local em que os serviços contratados eram executados, os quais consistiam na disponibilização de refeições subsidiadas pelo governo federal aos alunos que demonstrassem necessidade, como forma de estimular o estudo universitário”, aponta nota da PF.
Durante as buscas foram apreendidos computadores, aparelhos celulares e um veículo automotor. O nome da operação faz alusão ao modo reprovável de obtenção de lucro, aparentemente utilizado no caso.
Situação saiu na imrensa anteriormente
Conforem a própria PF, o caso iniciu vir a tona, com divulgação denuncia na imprensa sobre a sistuação e atuação da referida empresa.
“Diante da divulgação mídica da situação, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal trabalharam de modo integrado e apresentaram representação conjunta pela expedição de mandados de busca e apreensão, com objeto de tentar evitar a destruição de provas pelos envolvidos”.
Dentre os videos que constam nos autos e foram encaminhados pela UFMS, chamou atenção filmagem realizada, em que, mesmo após o estabelecimento encerrar suas atividades, continuava registrando a disponibilização de várias refeições, como se ainda hovessem alunos no local, a fim de superfaturar o contrato administrativo e, assim, aumentar ilicitamente o lucro obtido, através da apropriação indevida das verbas da Universidade Federal.
As investigações também apontam que, todos os dias, após o fechamento do refeitório, os envolvidos passavam mais de 100 (cem) carteirinhas estudantis, simulando que haviam alunos adquirindo a refeição subsidiada pela Universidade Federal.