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segunda-feira, 16 de setembro, 2024
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PMA prende fazendeiro que deixou gado morrer atolado no rio Taquari 

O fazendeiro que deixou cabeças de gado agonizarem até à morte nas margens do rio Taquari, em Coxim, foi preso na manhã deste domingo (8), em Campo Grande, por equipe da Polícia Militar Ambiental (PMA). A corporação militar e a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) apuravam a situação dos animais desde a última quinta-feira (5), quando vídeos mostrando a situação degradante dos animais começaram a circular no WhatsApp.

Após os vídeos, a PMA iniciou os levantamentos, que culminaram na localização e prisão do proprietário. que não teve nome revelado.

Ele foi encaminhado para a Delegacia de Polícia de Rio Verde do Mato Grosso, cidade vizinha de Coxim, pelo crime de por maus-tratos. A pena pode variar de 3 meses a 1 ano de detenção, conforme previsto em lei. Ele também pode ser autuado em até R$ 3 mil por animal e pode somar mais de R$ 2 milhões por dia.

O caso

Um pescador-guia de 43 anos flagrou uma boiada morta às margens do Rio Taquari, na região de Coxim. No vídeo abaixo, ele mostra que há outros animais ainda vivos, porém, agonizando por estarem presos na lama.

A fazenda onde estavam os animais, situada na região conhecida como Tupã, entre Coxim e Rio Verde, estava abandonada, com falta de água, pastagens ou qualquer outro alimento para os bovinos, cenário agravado pela seca severa dos últimos dias.

Durante a vistoria, os policiais ambientais tentaram socorrer alguns novilhos, ofereceram água e retiraram os animais que estavam atolados em poça de lama. A ação contou com o apoio da Iagro e do Ministério Público Estadual (MPE).

A multa foi de R$ 3 mil por animal, sendo aplicada diariamente caso o crime persista. O montante pode ultrapassar dois milhões de reais por dia, considerando que mais de 50 bovinos morreram e aproximadamente mil cabeças de gado foram encontradas pela PMA em condições visíveis de abandono, muitos debilitados e incapazes de se locomover.

Após os levantamentos feitos, o destino dos animais ficará a cargo da Justiça, que pode determinar o sequestro de bens do proprietário ou realizar um leilão.

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