Policiais civis de Mato Grosso do Sul vão parar as atividades pelos próximos três dias, segundo informou nesta segunda-feira (30) o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de MS). A categoria vai suspender as atividades sempre das 08 às 20 horas a partir da terça (1º) até a quinta-feira (03).
A ação visa pressionar o Governo do Estado para aceitar a proposta dos servidores quanto ao aumento salarial. Os policiais pedem também o aumento do auxílio-alimentação, de R$ 400 para R$ 800, e auxílio-saúde, que hoje é exclusivo de delegados, no valor de R$ 1.800,00.
Neste período em que os policiais estarão ‘parados’, as delegacias funcionarão apenas para serviços essenciais, atendendo prisão em flagrante, medidas protetivas, menor vítima e audiência de custódia. Na Capital, a concentração da categoria será na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro.
Os policiais irão usar camiseta preta em frente a Depac Centro ou em frente a 1ª DP de cada regional, ou nas cidades menores em frente de suas delegacias, onde permanecerão mobilizados durante todo o período da paralisação. Ainda segundo o Sinpol, os policiais reivindicam aumento real há 10 anos.
Confira os quatro pedidos dos policiais civis ao Governo do Estado:
1) O cumprimento da promessa à categoria (sexto salário nacional) de forma escalonada, com a concessão imediata de R$ 486,00 (quatrocentos e oitenta e seis reais) no subsídio inicial da carreira que passará para R$ 6.353,12, respeitando-se os interstícios das referências (10% entre uma e outra), classes e níveis superiores; em abril de 2025 acréscimo de R$ 373,00 (trezentos e setenta e três reais) no subsídio inicial da carreira que passará para R$ 6.726,12, respeitando-se os interstícios das referências, classes e níveis superiores; em outubro de 2025 acréscimo de R$ 373,00 (trezentos e setenta e três reais) no subsídio inicial da carreira que passará para R$ 7.099,12; e, em março de 2026 acréscimo de R$ 400,00 (quatrocentos reais) no subsídio inicial da carreira que passará a R$ 7.499,12 (atual sexto salário nacional das polícias civis), respeitando-se em todos os acréscimos dos interstícios das referências, classes e níveis superiores. Os reajustes de revisão geral anual inflacionários serão concedidos independentemente dos acréscimos acima.
2) Criação da 4ª classe para as demais carreiras da Polícia Civil/MS com o atual subsídio (como classe inicial), extinguindo-se as referências e retornando o interstício de 20% entre as classes.
3) Concessão imediata do auxílio saúde para as demais carreiras da polícia civil, no percentual de 10% (dez por cento) do nível I do classe especial, para ativos e inativos, mantendo-se a contribuição patronal para o plano de saúde do servidor.
4) A extinção do sétimo nível (5%) e da referência 7ª (10%), e aplicando-se os 15% no subsídio de todas as carreiras; reduzindo-se de 21 (vinte e um) para 18 (dezoito) anos a obtenção do final de carreira; mais a concessão do auxílio saúde no valor de R$ 1.000,00 para todos os policiais, ativos, inativos e pensionistas.
