Confira os maiores tremores de terra registrados em 2023 no Brasil
O chão já tremeu no nosso país, tanto de leve quanto forte. Mas terremotos no Brasil raramente são intensos porque, para a nossa sorte, moramos no centro de uma placa tectônica: a Sul-Americana.
Os terremotos acontecem, principalmente, porque as placas tectônicas se mexem – e se trombam. Nesse movimento, os tremores se espalham por elas. E os mais intensos ficam nas suas bordas. Por isso, o Brasil está numa área considerada segura.
Então tem terremotos no Brasil?
Tecnicamente, sim. Mas são tremores que abalam a superfície terrestre de leve. No geral, o fenômeno pode ser causado por: vulcanismo, movimentação das placas tectônicas e falhas geológicas.
Pelo país ficar no centro de uma placa, a causa mais frequente dos terremotos são falhas geológicas (quebras das placas). Só que rolam tremores por outros motivos também.
O chão brasileiro pode tremer, também, pelo desgaste das placas tectônicas. Mas calma: esse tremor é imperceptível por nós, meros mortais. Só sismógrafos captam esse tipo de vibração.
Outro motivo pelo qual a superfície do nosso país pode tremer é o choque das placas tectônicas. Nesse caso, o terremoto tem um epicentro. E as vibrações se propagam a partir dele.
Por que eles não são intensos aqui?
Porque o Brasil está longe das bordas da placa tectônica Sul-Americana. O país fica no centro dela. Ou seja, por mais que ela se movimente, isso não gera tremores intensos por aqui.
Além das falhas geológicas serem a causa mais comum de terremotos no país, eles ocorrem com mais frequência na região Nordeste – principalmente, no Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Isso acontece por conta da geologia da região. Traduzindo: a movimentação interna da Terra é mais intensa por lá, região onde há várias falhas geológicas. Essa combinação faz a terra tremer. Mas de leve.
Quais foram os piores em 2023?
Entre os terremotos já registrados no Brasil, dá para apontar cinco como os piores ocorridos em 2023, segundo dados Rede Sismográfica Brasileira (RSBR):
1 – Tarauacá (AC)
Magnitude: 4.4
Data do registro: 17/01/2023
2 – Rorainópolis (RR)
Magnitude: 4.1
Data do registro: 27/05/2023
3 – Miracatu/Iguape (SP)
Magnitude: 4.0
Data do registro: 16/06/2023
4 – Canaã dos Carajás (PA)
Magnitude: 3.9
Data do registro: 23/01/2023
5 – São Félix do Coribe (BA)
Magnitude: 3.5
Data do registro: 27/02/2023
A Rede Sismográfica Brasileira (RSBR) registrou esses tremores por meio de suas mais de 90 estações sismográficas espalhadas por todo o Brasil, operadas por Observatório Nacional (ON/MCTI), Centro de Sismologia da USP, Laboratório Sismológico da UFRN (LABSIS/UFRN) e Observatório Sismológico da UnB (OBSIS/UnB). A RSBR conta ainda com o apoio do Serviço Geológico do Brasil.
Ja na história do pais temos esses sete maiores:
- Serra do Trombador, no Mato Grosso (1955): 6,6º na escala de Richter, sem danos a pessoas ou cidades;
- Vitória, no Espírito Santo (1955): 6,3º, prédios e casas balançaram, mas ninguém morreu nem ficou ferido;
- Pacajus, no Ceará (1980): 5,2º, deu para sentir os tremores na região metropolitana de Fortaleza e na capital;
- João Câmara, no Rio Grande do Norte (1986): 5,1º, com danos a casas;
- Divisa entre Acre e Amazonas (2007): 6,1º, deu pra sentir o tremor em regiões próximas, mas não causou danos;
- Itacarambi, em Minas Gerais (2007): 4,9º, uma criança morreu e outras seis pessoas se feriram;
- São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro (2008): 5,2º, deu pra senti-lo em diversas regiões nos estados, mas não causou danos.
*com informações Olhar Digital e RSBR