05/06/2015 08h30
Prejuízo com fechamento de hidrovia chega a R$ 700 milhões
Sistema, interrompido há um ano, ficará suspenso até novembro
A hidrovia Tietê-Paraná, uma das mais importantes para o escoamento da produção agrícola do Brasil, deve ficar com a navegação suspensa por mais seis meses, até final de novembro. Há um ano o sistema foi interrompido, causando prejuízos de R$ 700 milhões, sendo que sete milhões de toneladas deixaram de ser transportadas até agora.
A interrupção foi adotada após o nível do rio baixar em razão da estiagem que atingiu o Sudeste do País no ano passado e a água ter sido destinada, prioritariamente, para hidrelétricas, a fim de garantir a geração de energia elétrica necessária para abastecer a região, sem que houvesse preocupação com o nível dos reservatórios e do rio.
Segundo o presidente da Fenavega (Federação Nacional das Empresas de Navegação), Raimundo Holanda Cavalcante Filho, o problema permanece, apesar de as chuvas terem se normalizado.
“Acontece que não existe equilíbrio entre usuários da água. Se liberou demais para a produção de energia em detrimento dos demais usuários, principalmente navegação e agricultura irrigada”, explica.
Outro problema foi o aumento do fluxo de caminhões nas rodovias em direção aos portos. “Nós temos um frete 40% mais baixo que o rodoviário na região e levamos condição para que nossos produtos fiquem mais competitivos no mercado, especialmente para exportações”, destacou Cavalcante Filho.
Com Informações Jornal Correio do Estado