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segunda-feira, 16 de setembro, 2024
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Presa na Operação Sintonia, esposa de traficante trabalha para o PCC

A esposa do traficante Fábio Fartare, Larissa Barbosa, de 27 anos, foi presa pela segunda vez por porte ilegal de arma de fogo. A jovem foi um dos alvos da Operação Sintonia, deflagrada nesta segunda-feira (18) pelas forças policiais de Mato Grosso do Sul contra criminosos envolvidos em facções organizadas.

De acordo com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), responsável pelas investigações que culminaram na ação de hoje, Larissa faz parte de núcleo do Primeiro Comando da Capital (PCC), atuando do lado de fora dos presídios e fazendo a distribuição das ordens para o cometimento de crimes.

Em seu histórico criminal, essa é a segunda operação policial na qual a jovem é envolvida. A primeira foi em 2020, pela Polícia Federal de Minas Gerais, através da Operação Caixa Forte 2 que apurou o núcleo responsável por remunerar integrantes do PCC.

Na ocasião, contou que era responsável pelo transporte de correspondências de vários presos, mas negou pertencer à facção criminosa. Segundo a polícia, em um das contas bancárias dela foram identificados pelo menos dois pagamentos realizados pela facção na ordem de R$ 1,5 mil cada.

Ainda em sua versão, Larissa sustentou que ganhava dinheiro como sacoleira, mas para a PF era recebia um salário do PCC para trabalhar no “leva e traz” de mensagens.

Larissa foi presa nesta segunda-feira em sua casa, no bairro Jardim Centro-Oeste, em Campo Grande, região considerada de alta periculosidade por conta da presença do PCC. Ela foi alvo de um mandado de busca e apreensão pelo Batalhão de Choque, que encontrou uma arma calibre 32 cromada, com cabo de madeira e numeração raspada, numa das gavetas do guarda-roupas dela.

Essa também não foi a primeira vez que a jovem acabou presa por porte ilegal. Em 2020, Larissa foi flagrada escondendo uma espingarda na sapateira de sua residência. Na ocasião, o alvo da polícia era a mãe dela, Marlene Barbosa Silva, que também é envolvida no crime organizado e ambas atuam no tráfico de drogas. Larissa, por exemplo, foi presa em 2013 por este crime. Ela tem três filhos pequenos e mora nos fundos da casa da mãe, em um edícula.

O marido de Larissa, o traficante Fábio Fartare é apontado como integrante do PCC com grau de liderança. Ele já esteve preso sob o Regime Disciplinar Diferenciado no Presídio Federal de Campo Grande. Antes, em 2008, ajudou a organizar uma rebelião no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande), no Complexo Penal do Noroeste. Depois disso, ficou alojado no Presídio da Gameleira.

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