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quinta-feira, 3 de outubro, 2024
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Preso por estuprar a enteada de 2 anos, padrasto diz que ‘estava nervoso’; pena pode chegar a 30 anos

Preso por estuprar a enteada, de apenas dois anos, em Bataguassu, em crime ocorrido no último dia 27 de setembro, o homem de 28 anos confessou o crime e foi indiciado pela Polícia Civil. A pena dos atos praticados pelo sujeito, quando somadas, podem resultar em até 30 anos de prisão no regime fechado.

Conforme a atualização do caso, na terça-feira (1º), ele prestou um novo depoimento, onde apresentou novos detalhes sobre o estupro. Na sua versão, disse que estava dormindo na casa, quando escutou o choro da criança, que supostamente teria caído da cama e machucado a cabeça.

Segundo disse, ao trocar e dar banho na vítima, acabou, por estar nervoso, introduzindo dois dedos na genitália da criança, causando as lesões. Ao perceber o sangramento, subestimou a gravidade do ferimento e foi trabalhar normalmente. Em relação à mordida, afirmou que foi o seu cachorro.

Contudo, laudos periciais e demais indícios obtidos durante a investigação, contradizem essa versão. As provas apontam que a lesão na cabeça da criança foi causada por agressão em razão a trauma contuso. Além disso, a mordida é compatível com a de um ser humano adulto, e as lesões genitais foram graves e provocadas intencionalmente.

Diante dos fatos, o autor foi indiciado pelos crimes de estupro de vulnerável majorado, lesão corporal no contexto de violência doméstica e tortura majorada. Para a investigação, o autor não apenas cometeu abuso sexual, mas submeteu a vítima a agressões físicas, como mordidas, para puni-la ou submetê-la ao seu controle e poder.

“Esses atos de violência física e psicológica provocam sofrimento profundo, caracterizando o crime de tortura”, reforça a investigação no inquérito. A vítima foi atendida inicialmente no hospital local e, posteriormente, encaminhada para Campo Grande devido à gravidade das lesões. Não há informações atualizadas sobre o quadro clínico da criança.

O caso

O caso foi descoberto porque a vítima passou por um atendimento médico e o doutor constatou lesões no órgão genital da menina. Com isso, o Conselho Tutelar foi acionado e também a Polícia Civil, que passou a investigar o caso. A Polícia Militar localizou o autor logo em seguida e fez a prisão.

O médico informou que a genitália da criança estava “dilacerada” e com hemorragia, além disso, havia outras lesões em seu corpo. Em interrogatório ao delegado, o suspeito negou os fatos, contudo, todos os elementos apontam para o suspeito. Na casa da vítima foi apreendido uma fralda com sangue e um lençol descartado no lixo.

Esses objetos foram encaminhados para a perícia para exames, houve coleta de material genético do suspeito, além de serem colhidos depoimentos de várias testemunhas, incluindo a mãe da vítima. Exames apontaram lesões na cabeça da criança, uma marca de mordida e graves ferimentos em sua genitália.

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