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quinta-feira, 7 de novembro, 2024
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Professor é afastado de escola pública após chamar alunos de “burros” e “pobres”

Um professor de inglês está sendo alvo de denúncias por parte de pais dos alunos da escola pública onde leciona, em Campo Grande. O educador teria ofendido os alunos, chamando-os de ‘burros’ e até mesmo de ‘pobres’. O caso será investigado pela DEPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente).

Conforme consta, o professor pediu aos alunos formarem fila, no entanto, entenderam que a fila deveria ser do lado de fora da sala, foi quando ele mandou todos entrarem novamente na sala. Por conta da confusão, segundo depoimento dos alunos aos pais e responsáveis, o educador começou a gritar e a ofendê-los com xingamentos.

O fato ocorreu na terça-feira (05). O professor chamou as crianças de ‘burras’ e também se direcionou para alguns estudantes específicos, sendo que para um disse “que os pais deveriam ter vergonha dele” e para uma menina falou que não poderia cursar medicina “porque a família dela é pobre”.

Na confusão, um aluno esbarrou em outro e o educador disse que “se acontecesse de novo, ele iria segurar o menino para o outro bater na cara dele”. Ainda segundo os pais, os alunos sofreram outras humilhações em outras situações, em um dessas, um aluno de 11 anos reclamou com o professor que outro colega tinha ‘tomado a sua atividade’.

Em resposta, o educador debochou, dizendo “ai como eu estou com pena de você. Tô cagando para você. Tô nem aí para você [sic]”. Os estudantes também alegam que já escutaram, várias vezes, ele dizer não ligar para os alunos, pois “o salário estava na conta”. Os alunos informaram a situação para a direção da escola.

O diretor chegou a fazer uma reunião com os pais, na quarta-feira (6), para tratar do caso e disse que as câmeras de videomonitoramento nas salas de aulas comprovaram as ofensas denunciadas pelas crianças. A transcrição foi lida para os pais e ele comunicou que foi feito o afastamento e a substituição do professor.

Ainda foi afirmado que os alunos receberão acompanhamento psicológico. O caso foi registrado na polícia como submeter criança ou adolescenete sob sua autoridade a vexame ou a constrangimento e está sendo investigado. A Prefeitura Municipal de Campo Grande, responsável pela escola pública, ainda não se manifestou sobre o caso.

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