Não houve avanço nas negociações entre a Prefeitura de Campo Grande e o ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) quanto ao pagamento dos 10,39% de reajuste referente ao mês de novembro. Ao longo de toda a quarta-feira (14), representantes das duas partes, juntamente com vereadores, estiveram sentadas dialogando, mas a reunião foi encerrada sem qualquer nova proposta por parte do Executivo.
A informação é do presidente da ACP, professor Gilvano Kunzler Bronzoni, que foi empossado no cargo na noite de ontem (13). Segundo ele, a prefeita Adriane Lopes e sua equipe apresentaram uma série de números e cálculos para mostrar as condições atuais, porém, não houve acordo. O sindicalista afirmou que os professores não aceitam deixar de receber o percentual de reajuste que está assegurado através da Lei 6.796/2022, sancionada pelo antecessor Marquinhos Trad.
O que impede o Município de cumprir com a lei e pagar o reajuste é a Lei de Responsabilidade Fiscal. A Prefeitura já ultrapassou o limite de uso dos recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) destinados ao gasto com a folha de pagamento, que é de até 70%. Segundo a explicação da prefeita aos professores, esse percentual hoje está em 73%, em números, são R$ 250 milhões/ano.
Gilvano acredita que a Prefeitura vá encaminhar uma nova proposta durante a nova reunião entre as partes, que ficou agendada para a manhã de quinta-feira (15). A categoria tem uma assembleia marcada para o mesmo dia, onde irão discutir os próximos rumos, já que estão impedidos de continuar com a greve por conta de uma decisão concedida pela Justiça em prol da prefeita Adriane Lopes e que prevê multa de R$ 50 mil por dias parados.
Com relação a paralisação desta quinta-feira (15) que aconteceria durante todo o dia por causa da Assembleia Geral dos professores, várias escolas públicas municipais estão usando as redes sociais para alertar aos pais de que haverá aula normal. A orientação é que os rseponsáveis pelos alunos procurem informações junto a secretaria para saber se haverá aula presencial ou não.