30/03/2015 11h30
Programa de baixa emissão de carbono liberou R$ 29 milhões em crédito em 7 meses
Entre julho de 2014 e fevereiro deste ano foram liberados, aproximadamente, R$ 29 milhões em crédito para produtores rurais de Mato Grosso do Sul, por meio do ABC (Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono). Segundo o Mapa (Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento), os sul-mato-grossenses firmaram 39 contratos nesse período.
O plano foi desenvolvido para promover a participação da agropecuária na redução das consequências negativas para o solo em função da concentração dos GEE (Gases de Efeito Estufa).
Segundo o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Caio Rocha, o número de contratos é reflexo da conscientização do produtor rural para as questões de desenvolvimento sustentável. “É importante salientar que, se considerarmos os fatores da produção, ou seja, terra, capital e trabalho, a tecnologia é o insumo que mais representa renda para o produtor”, avaliou.
Em todo o país, foram firmados 5,3 mil contratos com a liberação de R$ 2,5 bilhões em crédito, de julho de 2014 a fevereiro deste ano. O total geral financiado pelo programa de julho de 2010 até junho do ano passado foi de 27 mil contratos, no valor de R$ 7,5 bilhões.
Sustentabilidade – São práticas que contribuem para a baixa emissão de carbono e elevação da renda do produtor rural, a ILPF (Integração Lavoura-Pecuária-Floresta), o Plantio Direto, a Recuperação de Áreas Produtivas Degradas e Florestas Plantada, segundo o coordenador de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos da SDC (Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo), Elvison Ramos. “As tecnologias utilizadas no plano ABC são ferramentas para o aperfeiçoamento do manejo sustentável dos recursos naturais”, comentou.
Durante a Conferência sobre Governança do Solo, realizada nesta semana no TCU (Tribunal de Contas da União), Elvison destacou a evolução da ILPF. Em 2013, a integração entre lavoura, pecuária e floresta ocupava uma área 40 mil hectares em todas as regiões do Brasil. Em 2014, foram registrados, aproximadamente, 60 mil hectares.
A área de ILPF da região Centro-Oeste foi a que mais cresceu no período analisado, passando de 15 mil hectares para 25 mil hectares. “Isso mostra que a tecnologia ILPF está atingindo as áreas prioritárias e a tendência é que a integração continue e se amplie ainda mais em todo o território brasileiro”, afirmou Elvison.
Com informações do site Campo Grande News