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quarta-feira, 27 de novembro, 2024
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Projeto de capoeira encerra atividades com oficina e graduação feminina no mês da Consciência Negra

Em Campo Grande, o Grupo Memória e Capoeira, encerra novembro, Mês da Consciência Negra, com importantes atividades do projeto Capoeira Cultura Memória. Entre hoje (27) e sexta-feira (29), será realizada a oficina de confecção de instrumentos musicais com materiais recicláveis, ministrado pelo Mestre Jagunço, do Rio de Janeiro, e, no sábado (30), o encerramento da programação fica por conta da graduação de duas mulheres que são referência no grupo: Priscila Coutinho, de Campo Grande, e Fernanda Aranha, de Três Lagoas.

A troca de graduação e formatura será realizada na Escola Estadual Maestro Frederico Liebermann, no bairro Monte Castelo. Já a oficina de instrumentos será promovida na sede do grupo Memória Capoeira, que fica na rua Barão de Campinas, 1944, Jardim das Mansões. Na programação também estão previstas as apresentações culturais de Maculelê, Puxada de Rede e Roda de Samba. Além da presença de importantes mestres, como: Mestre Aranha (SP), Mestre Celso (RJ) e Mestre Altair (RJ).

Mestre Jagunço, que ministrará a oficina de confecção de instrumentos, destaca a correlação da música com a capoeira. “É uma oportunidade de ressignificar materiais descartáveis, pontuar com os alunos a importância da sustentabilidade e, claro, frisar a força da música na cognição humana e da sua conexão com a capoeira”, explica o mestre que vai ensinar “a confeccionar instrumentos que podem ser utilizados na capoeira como o berimbau, pandeiro, caxixi [instrumentos de chocalhos], e vários outros”.

Para Fernanda Aranha, que também já ministrou oficina no projeto e, agora, passa a ser reconhecida como contra-mestra, a graduação é mais que um reconhecimento no grupo, pois traz conquistas coletivas. “Ser graduada durante o mês da Consciência Negra é uma honra enorme. É um momento de resgate, celebração e inspiração para outras mulheres do grupo, mostrando que o protagonismo feminino na capoeira é possível e necessário.”

Imersa na produção do projeto ao lado do marido, Maike Mamute, Priscila Coutinho é outra integrante do grupo de capoeira que será formada como professora do grupo. Ela enfatiza a importância do financiamento do FIC para as atividades ao longo deste ano.  “O apoio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul foi imprescindível para que as atividades pudessem acontecer por nove meses. O projeto é uma plataforma para transformar vidas, resgatar histórias e dar continuidade à luta que a capoeira representa, especialmente neste mês tão simbólico”.

Programação:

• 27 a 29/11: Oficina de Confecção de Instrumentos Musicais com materiais recicláveis, com Mestre Jagunço (RJ).
• 29/11: Palavra do Mestre, às 20h (transmissão online e acessibilidade em libras)
• 30/11: Oficina com Mestre Celso, das 8h às 11h.
• 30/11: 9ª Troca de Graduação e Formatura, com apresentações culturais, incluindo Maculelê, Puxada de Rede e Roda de Samba.

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