Haverá exibição de filmes sobre identidade e ancestralidade negra
O projeto “Olubayo – Cinema nas Comunidades Quilombolas” continua sua trajetória de exibição de filmes em Mato Grosso do Sul e, neste sábado (15), chega à cidade de Dourados. A exibição ocorrerá a partir das 19h no Centro Social do Residencial Guassu, localizado na Rua Elza Barbosa da Cruz, 40. O projeto tem como objetivo levar a magia do cinema até comunidades quilombolas e negras urbanas, promovendo reflexões sobre identidade, resistência e ancestralidade através de obras dirigidas por cineastas negros.
Na sessão de Dourados, o público poderá assistir a cinco filmes: Fábula da Vó Ita, de Joyce Prado; Bonita, de Mariana França; Luzes Debaixo, de Tero Queiroz; Águas, de Raylson Chaves; e Jardim de Pedra – Vida e Morte de Glauce Rocha, de Daphyne Schiffer.
A idealizadora do projeto, professora Bartô, destaca a importância dessas exibições. “O cinema dentro das comunidades negras e quilombolas é um resgate. É um olhar sobre si, sobre nossa trajetória e nossa força. Cada filme exibido fortalece a autoimagem da população negra, trazendo para a tela histórias que dialogam diretamente com a nossa ancestralidade”, afirma.
A força do cinema negro nas telas e na identidade
Mariana França, diretora do filme Bonita, também reforça o impacto do projeto. “Esse projeto é fundamental porque dá visibilidade às nossas narrativas e cria espaços de pertencimento. As histórias que contamos são vivências reais, de pessoas que resistem e reinventam suas vidas todos os dias. O cinema é uma ferramenta poderosa para fortalecer a identidade negra e nos conectar com nossa ancestralidade, e ver esses filmes sendo exibidos em comunidades quilombolas e periféricas reforça essa importância”, comenta.
A exibição em Dourados é mais uma etapa do “Olubayo”, que busca levar ao público uma reflexão profunda sobre a identidade negra, celebrando a força e a resistência da população negra, ao mesmo tempo em que promove o acesso à cultura e à reflexão através do cinema.
