12/08/2014 09h07
Próxima de ser totalmente duplicada, BR-163 é palco recente de grandes tragédias
Dourados News
Entregue à iniciativa privada, a BR-163 foi palco de duas tragédias no Mato Grosso do Sul em 12 dias. O saldo deixado por dois acidentes num trecho de manos de 200 quilômetros, entre o município de Douradina e Anhanduí, distrito de Campo Grande, resultou em oito mortos e 21 feridos.
Só na manhã de segunda-feira (10) foram três óbitos e sete pessoas encaminhadas para hospitais da Capital, após tripla colisão. Segundo apurado pela polícia, um idoso de 70 anos e sua esposa, moradores no interior do Paraná, teriam colidido frontalmente seu Ford Escort contra um Fiat Uno. Na sequência, o condutor de um Fiat Pálio com outras quatro pessoas, acabou se envolvendo no acidente.
A colisão matou o casal paranaense e uma criança de cinco anos que estava com os pais no Uno. Todos os outros ocupantes tiveram ferimentos.
Caso tão grave quanto o citado ocorreu no dia 30 de junho, quando um ônibus interestadual que saiu de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, seguia para Alta Floresta, no Mato Grosso, chocou-se contra um caminhão carregado com couro.
Na ocasião, cinco pessoas morreram e outras 14 ficaram feridas.
Entre as vítimas fatais, o motorista do ônibus, o douradense Alex Sandro Pereira Mourão, 37, morador no Jardim Ouro Verde. Ele havia assumido a direção do veículo menos de uma hora antes da batida, no Terminal Rodoviário Renato Lemes Soares.
Segundo apurado na época pela polícia, o condutor do caminhão Mercedes Benz azul, Edson Porto Leite, 53, saiu de Campo Grande com destino a Naviraí, onde deixaria o material, teria dormido ao volante.
Nos dois trechos, as pistas não são duplicadas e o trânsito é intenso, principalmente em relação a veículos pesados.
A rodovia, que corta o Estado de Norte a Sul, tem, em terras sul-mato-grossenses, 830 quilômetros de extensão e nos próximos 30 anos, ficará por conta da MS Vias, empresa criada pela CCR para administrar o trecho.
Segundo o diretor de engenharia da empresa, Décio de Rezende Souza, à partir do dia 12 de outubro, a empresa já começa a operar carros de socorro por todo a extensão da rodovia, porém, a duplicação da mesma deve durar até cinco anos, prazo dado pelo governo para que seja finalizado as obras.
“A partir desta data os usuários já poderão ver veículos de apoio e socorro trafegando pela rodovia”, apontou o diretor em entrevista recente realizada em Dourados. “Iremos assistir o usuário em todo o trajeto. Serão mais de 500 câmeras instaladas e monitoramento 24h. Então, haverá um aumento muito grande de segurança”, contou.
Em contrapartida, a CCR instalará nove praças de pedágio em todo o Estado.
Ainda segundo citado por Souza, são registrados em média 1,7 mil acidentes por ano na BR-163. No ano passado, 85 pessoas teriam morrido na estrada.