Um homem residente em Aparecida do Taboado foi preso na cidade de Auriflama (SP) gerenciando uma boate suspeita de atuar no crime da exploração sexual e tráfico de drogas.
Segundo as informações, o grupo responsável pela boate administra várias casas noturnas no interior de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Os trabalhos começaram após uma jovem ser encontrada morta por enforcamento no estabelecimento de Auriflama.
O caso chegou a ser tratado como suicídio, mas descobriu-se que na verdade era um homicídio com induzimento ao suicídio. A motivação para o fato ainda é desconhecida, mas é possível que a vítima tenha tentado escapar da prostituição obrigatória.
Após a investigação promovida pela Polícia Civil paulista, foram expedidos mandados de prisão e busca e apreensão, todos cumpridos no último dia 21 deste mês. Agora, se apura a prática de outros crimes, como estupros, cárcere privado e até mesmo homicídio.
A Polícia Civil identificou pelo menos 10 vítimas da quadrilha nos estabelecimentos localizados em Catanduva (SP), Auriflama (SP), Pereira Barreto (SP) e Aparecida do Taboado. Uma mulher de 26 anos foi resgatada em Auriflama, grávida de seis meses.
Ainda conforme a polícia, a rede estava em operação pelo menos desde 2021. Durante a operação, todas as casas noturnas foram fechadas e lacradas por ordem judicial. Ao todo, quatro pessoas foram presas, sendo dois por tráfico de drogas.
As vítimas eram atraídas por falsas promessas de trabalho e submetidas a controle psicológico e físico, privadas de sair de dentro dos estabelecimentos, além de ficarem sem alimentos e sem acesso à comunicação.
As mulheres também eram forçadas a consumir drogas vendidas pelos administradores das boates e contraíam dívidas. Algumas relataram à polícia terem sido vítimas de estupro sob ameaças ou como forma de “quitação” das dívidas.