Um detento de 38 anos foi assassinado em pleno Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande nesta quinta-feira (02). O autor, de 27, alegou ter escutado vozes na sua cabeça ordenando o crime.
A morte foi descoberta às 6h20, quando os policiais penais foram fazer a entrega do café da manhã dos detentos da ala psiquiátrica. Na cela, ocupada somente por quatro homens, a vítima estava deitada de bruços, com uma poça de sangue em volta.
Questionados sobre o fato, o autor imediatamente confessou e alegou que uma voz mandou tirar a vida do detento, pois o mesmo tinha praticado um latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte, e precisava pagar por isso.
Os demais internos que testemunharam o crime detalharam para os agentes penais que o autor bateu a cabeça da vítima contra o chão diversas vezes, só parando quando constatou a morte. O detento morto cumpria pena por furto e roubo desde 2018.
O autor já matou outro colega de cela, de 37 anos, quando estava no Presídio da Gameleira II. Na ocasião, justificou dizendo que a vítima era abusador de crianças. Ele está preso desde 2022, quando matou a própria mãe, de 64, após ouvir uma voz na sua cabeça mandando cometer o homicídio.
Em depoimento, na época, alegou que pelo menos desde 2019 escuta as vozes. Após a prisão, foi diagnosticado com esquizofrenia hebefrênica e alienação mental.
Em nota à imprensa, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou que abrirá um Procedimento Administrativo Disciplinar para a apuração interna sobre as circunstâncias do fato.