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sexta-feira, 31 de janeiro, 2025
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Redução do ICMS torna gás de cozinha mais barato a partir de sábado (1º)

Mudança traz impactos, ainda, no preço da gasolina e do diesel, que ficam R$ 0,10 por litro mais caros

A partir deste sábado (1º), o preço do gás de cozinha terá uma redução de R$ 0,02 por quilo, devido à diminuição do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre o GLP. A mudança foi estabelecida pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária) e ocorre em meio a um novo regime de tributação que também afeta gasolina e diesel, tornando esses combustíveis mais caros.

O novo modelo de tributação levou em conta os preços médios mensais dos combustíveis divulgados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) de fevereiro a setembro de 2024, comparados ao mesmo período de 2023. Os novos valores serão aplicados em todo o território nacional.

Com isso, a gasolina e o etanol sofrerão um aumento de quase R$ 0,10 no litro. A tributação passará de R$ 1,3721 para R$ 1,47 por litro, o que representa um acréscimo de 7,14%. Para diesel e biodiesel, o imposto estadual subirá de R$ 1,0635 para R$ 1,12 por litro, uma alta de 5,31%.

Repercussões econômicas

A Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do DF) explicou que a variação na tributação reflete os preços médios do mercado: “Como o valor do GLP caiu em 2024 em relação a 2023, a tributação acompanha a queda. Da mesma forma, como os revendedores de combustíveis praticaram preços maiores em 2024, a tributação segue essa tendência”.

O aumento no preço dos combustíveis deve impactar a inflação, que fechou 2024 em 4,83%, ultrapassando o teto da meta do Banco Central de 4,5%. A gasolina foi o item que mais influenciou a alta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), subindo 9,71% em 12 meses e contribuindo com 0,48 ponto percentual na inflação total.

Medidas do governo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou a situação nesta quinta-feira (30), afirmando que o governo busca medidas para conter a alta dos preços dos alimentos sem fomentar um “mercado paralelo”. Para ele, a solução passa por um aumento da produção e um diálogo com os empresários.

Com as alterações tributárias, consumidores sentirão alívio no preço do gás de cozinha, mas enfrentarão combustíveis mais caros, o que pode ter reflexos no custo de vida e no transporte de mercadorias.

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