A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informa que está implementando um conjunto de medidas emergenciais para enfrentar a superlotação nas unidades de urgência e emergência, que operam em estado de capacidade plena. O aumento expressivo de atendimentos nos últimos dias, causado por fatores como o agravamento de doenças respiratórias e o alto número de casos de baixa complexidade, levou à ativação do Plano de Contingência. A secretaria está reorganizando fluxos, ampliando pontos de cuidado e orientando a população sobre a busca por atendimento adequado, a fim de garantir a assistência segura e minimizar os impactos sobre o sistema de saúde.
O cenário é reflexo de diversos fatores, como o aumento de casos de síndromes respiratórias, agravamento de quadros crônicos e maior procura por pacientes com condições de baixa complexidade — que poderiam ser manejadas na atenção básica.
Diante disso, a Secretaria Municipal de Saúde ativou o Plano de Contingência por capacidade plena, com o objetivo de reorganizar fluxos, garantir a assistência segura à população e preservar a capacidade funcional da rede.
Medidas imediatas adotadas:
Redefinição do uso de espaços físicos e ampliação de pontos de cuidado (como áreas para hidratação, observação rápida e inalação);
Reorganização da equipe médica e envio da EMAC e escritório de monitoramento clínico, conforme necessidade das unidades com maior demanda;
Mapeamento de áreas para possível expansão temporária de leitos nas unidades de urgência;
Atendimento por demanda espontânea nas unidades básicas;
Remanejamento de pacientes entre as unidades de urgência para atendimento seguro, principalmente crianças para unidades com escala infantil 24h;
Avaliação de possibilidade de alta para antibioticoterapia em casa com o auxílio do Serviço de Atendimento Domiciliar aos pacientes que possuírem critérios para o serviço;
Avaliação contínua e reuniões do COE (Centro de Operações de Emergência) para monitoramento da situação e decisões rápidas;
Orientação à população para buscar as unidades básicas de saúde em casos leves, evitando a sobrecarga das UPAS e hospitais.
A Secretaria reforça que os atendimentos continuam sendo priorizados conforme a gravidade dos casos, seguindo os protocolos de classificação de risco. Casos leves (azul) devem buscar preferencialmente as unidades de atenção primária, para evitar sobrecarga dos serviços de emergência.
A Prefeitura de Campo Grande reitera seu compromisso com a saúde da população e agradece o empenho dos profissionais da rede e a compreensão dos usuários neste momento de maior pressão sobre o sistema. As medidas seguirão em constante avaliação e novas ações poderão ser adotadas conforme a evolução da situação.