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domingo, 29 de dezembro, 2024
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Setor de bares e restaurantes registra maior salário médio da história, com crescimento de 5,8%

O setor de alimentação fora do lar alcançou o maior salário médio já registrado, atingindo R$ 2.170 em 2024, um aumento de 5,8% nos últimos 12 meses, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgada nesta sexta-feira (27). Esse valor histórico foi registrado na categoria de Alojamento e Alimentação, em que bares e restaurantes representam 85% do total de empregos.

Além da valorização salarial, o setor apresentou significativa expansão no número de vagas. Em novembro de 2024, foram criados 13.787 novos postos de trabalho com carteira assinada, um aumento de 11,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

No trimestre, mais de 70 mil pessoas foram empregadas, considerando empregos formais e informais, elevando o total de trabalhadores no setor para quase 5 milhões, de acordo com a PNAD.

Impacto econômico

O impacto da expansão no setor vai além dos estabelecimentos. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas revelou que, a cada 1 mil empregos gerados por bares e restaurantes, mais 2.250 postos de trabalho são criados em outros segmentos da economia brasileira.

Desafios e perspectivas

Para Paulo Solmucci, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o aumento nos salários reflete o esforço do setor para atrair e reter profissionais em um mercado com alta demanda.

“O aumento histórico nos salários e a significativa geração de empregos mostram que nosso setor segue como um pilar essencial da economia brasileira. Hoje está difícil encontrar mão de obra disponível, por isso o aumento na remuneração, uma das formas de atrair trabalhadores. O setor contratou em dezembro para dar conta do aumento da demanda esperado, e boa parte desses trabalhadores devem continuar com contrato no verão, principalmente nas cidades turísticas, onde a demanda promete ser alta”, afirmou.

Com a chegada da alta temporada, especialmente em destinos turísticos, o setor deve continuar aquecido, consolidando-se como uma das áreas mais relevantes para a recuperação e o fortalecimento da economia brasileira.

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