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sábado, 26 de abril, 2025
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Surto de doenças respiratórias afasta 20% dos servidores da saúde na Capital

O surto de doenças respiratórias em Campo Grande provocou o afastamento de 20% dos servidores da saúde, anunciou a Prefeitura neste sábado (26). A pressão sobre as unidades de saúde e o aumento dos casos de gripe levaram à decretação de situação de emergência por 90 dias na capital.

Segundo a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, o surto de SRAG (Síndromes Respiratórias Agudas Graves) tem causado um impacto direto no atendimento à população. Durante o feriado de Páscoa, 73 médicos, 224 técnicos de enfermagem e 26 enfermeiros apresentaram atestados médicos, gerando desfalques em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde).

O afastamento dos profissionais se soma à superlotação das unidades e à falta de leitos hospitalares. “Não temos mais leitos disponíveis e a tendência é que, sem controle, o número de casos continue crescendo nas próximas semanas”, alertou Rosana.

Diante da situação crítica, a Prefeitura tornou obrigatório o uso de máscaras em todas as unidades de saúde e decidiu ampliar a campanha de vacinação. A imunização será liberada para toda a população, independentemente da faixa etária.

A baixa adesão à vacinação entre os grupos prioritários também pesou na decisão. De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), apenas cerca de 15% do público-alvo, composto por crianças, idosos e gestantes, foi vacinado até agora. “Recebemos quase 200 mil doses e vacinamos apenas 56 mil em um mês. É muito pouco”, lamentou a secretária.

Além de reforçar a vacinação nas unidades de saúde, a Prefeitura realiza ações em escolas, Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil) e shoppings para tentar aumentar a cobertura vacinal. “Precisamos vacinar mais. A vacina é segura e protege contra os três principais vírus circulantes”, destacou Rosana.

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