Um grupo formado por 15 pessoas foi resgatado pela Polícia Federal de uma fazenda no meio do Pantanal de Mato Grosso do Sul, onde estava sob condições análogas à escravidão.
Conforme informações, denúncias relataram graves violações de direitos, como privação de água potável, alimentação insuficiente e impedimento de deixar o local.
A propriedade fica numa região remota e de difícil acesso, sendo alcançada apenas após três dias de viagem de barco, atravessando a região pantaneira.
A PF detalhou que encontrou os trabalhadores com água disponível suja e imprópria para consumo, causando frequentes episódios de diarreia.
Além disso, a alimentação fornecida semanalmente pelos empregadores era insuficiente, obrigando-os a caçar para complementar as refeições.
Os alojamentos eram improvisados com lonas, sem qualquer proteção contra animais ou condições climáticas adversas, e não havia instalações sanitárias ou água para banho.
A investigação detalhou também que os trabalhadores eram ameaçados para que não denunciassem a situação ou fugissem do local.
Para o resgate do grupo, uma operação foi colocada em prática, envolvendo equipes do Ministério do Trabalho, Ministério Público do Trabalho e a Polícia Militar.
A operação, fruto de uma investigação detalhada, permitiu identificar a localização exata dos trabalhadores e realizar o resgate com segurança.
A força-tarefa garantiu assistência imediata às vítimas, que agora recebem acompanhamento e suporte para restabelecer seus direitos trabalhistas e sociais.
Os empregadores responderão pelas sanções administrativas e trabalhistas cabíveis, sem prejuízo de sua responsabilização criminal pelo crime de redução a condição análoga à escravidão.