A polícia continua investigando a quadrilha que furtou o apartamento do ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), em Campo Grande. Desde o registro da ocorrência, em 08 de junho, até hoje, quatro pessoas foram presas, sendo uma delas apontada como receptador das joias. Para as autoridades, o grupo é especializado em invadir prédios e condomínios de luxo e existem pelo menos outras sete vítimas em São Paulo.
Na quarta-feira (27), foram cumpridos mandados de busca e apreensão em uma joalheria localizada na região central de São Paulo (SP) e identificada como sendo de propriedade da organização criminosa. Além disso, a apuração apontou que os bandidos se passaram como falsos judeus para se misturarem com os moradores e visitantes dos condomínios invadidos e ter acesso fácil aos apartamentos.
No curso da apuração, a polícia obteve diversas imagens de câmeras de segurança que capturaram o momento em que os criminosos chegam para furtar um apartamento utilizando talit e quipá, o xale e a pequena touca usada por judeus. Em outra ação, foram vistos de bonés e roupas despojadas, aparentando serem adolescentes de classe média alta. Essas mudanças de vestimentas mostram o planejamento da organização.
A investigação destaca que os criminosos até mesmo tiravam fotos com os itens furtados ainda no interior dos prédios e compartilhavam com os demais integrantes. Em apenas um mês, foram pelo menos sete prédios de luxo, em bairros nobres de São Paulo, invadidos pelos bandidos. A polícia chegou até a joalheria após prender os três bandidos, três dias após furtarem o apartamento de Reinaldo Azambuja.
Foram descobertas troca de mensagens entre eles e o receptador, dono da joalheria. O proprietário do estabelecimento pagou R$ 67 mil pelos itens furtados do ex-governador. A quantia já foi devolvida por determinação judicial, junto aos dois relógios, uma corrente com pingente de Nossa Senhora e um bracelete de ouro. Na joalheria, foram encontradas joias que podem ser de outras vítimas de furtos.