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sábado, 26 de abril, 2025
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Vacinação contra a gripe é liberada para toda a população em Campo Grande

A medida acontece em razão do aumento de doenças respiratórias. A prefeitura decretou Situação de Emergência na cidade

Diante do aumento expressivo de casos de síndromes respiratórias em crianças e da superlotação dos serviços de saúde, a Prefeitura de Campo Grande anunciou a ampliação da vacinação contra a Influenza para toda a população a partir de seis meses de idade. A medida foi definida após reunião extraordinária do Centro de Operações de Emergência (COE), realizada neste sábado (26), além do executivo municipal ter decreto situação de emergência por conta do aumento nos casos de doenças respiratórias e arboviroses.

Segundo a secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, a cidade enfrenta uma alta circulação viral, conforme apontado pelo último boletim InfoGripe da Fiocruz, e já não há leitos pediátricos disponíveis para internação. “Ativamos o COE exatamente por conta do aumento dos casos de síndrome respiratória, o que tem causado superlotação não só nos Centros Regionais de Saúde (CRS), mas também na rede hospitalar”, explicou.

A vacinação ampliada começa neste domingo (27), com plantão especial das 9h às 14h na Igreja Universal, localizada na Avenida Mato Grosso, 921 – Centro. No local, estarão disponíveis todas as vacinas de rotina, com exceção da BCG e da vacina contra Dengue, que seguem calendário específico.

Durante a semana, a vacinação seguirá normalmente em todas as 74 Unidades de Saúde da Família (USFs) da capital.

A decisão foi impulsionada pela baixa adesão registrada até o momento. De acordo com a Sesau, até 22 de abril, foram aplicadas 56.787 doses da vacina contra Influenza, sendo apenas 3.708 em crianças, o que representa uma cobertura de apenas 15,9% — muito abaixo da meta estabelecida.

Para reforçar a resposta à crise, a Prefeitura publicou o Decreto n. 16.246 neste sábado, declarando situação de emergência em saúde pública. Com isso, serão flexibilizadas estruturas e ampliados os atendimentos, incluindo a ativação de novos leitos e a utilização do Pronto Atendimento Infantil como referência para internações de crianças com doenças respiratórias.

A Sesau orienta as famílias a adotarem medidas de precaução, como manter crianças com sintomas leves em casa e procurar atendimento médico em Unidades Básicas de Saúde para casos moderados. Situações graves devem ser encaminhadas às UPAs ou aos Centros Regionais de Saúde.

Entre as principais recomendações estão: evitar levar crianças pequenas a locais de aglomeração, manter bebês menores de um ano em casa sempre que possível, reduzir o número de visitas domiciliares e reforçar hábitos de higiene, como a lavagem frequente das mãos e a limpeza nasal. Além disso, pessoas com sintomas respiratórios devem usar máscara, e a mesma orientação vale para profissionais de saúde da rede pública.

“Estamos atentos e tomando todas as medidas necessárias para proteger nossos pequenos e toda a nossa população”, finalizou a secretária Rosana Leite.

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