30.8 C
Campo Grande
segunda-feira, 6 de janeiro, 2025
spot_img

Verão aumenta casos de dengue: entenda os motivos e como se prevenir

MS registra 16.207 casos confirmados de dengue, segundo último Boletim Epidemiológico

Durante o verão, os casos de dengue no Brasil registram um aumento expressivo. A combinação de chuvas intensas e altas temperaturas cria condições ideais para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença. O acúmulo de água facilita a eclosão dos ovos do mosquito, enquanto o calor acelera seu ciclo de vida, resultando em um maior número de insetos em circulação.

De acordo com Rivaldo Cunha, secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), os fatores climáticos do verão são cruciais para a escalada de casos. “As elevadas temperaturas e o maior volume de água contribuem para encurtar o período entre ovos e mosquito adulto. Isso intensifica a atividade biológica do mosquito, aumentando as infecções, pois há mais mosquitos nesse período”, explica Cunha.

Prevenção depende da população e do poder público

A principal forma de combater a dengue é a prevenção, que começa dentro das residências. A população é incentivada a limpar quintais, vedar caixas d’água e manter vasos de plantas e calhas sem acúmulo de água. Além disso, é importante permitir o trabalho dos agentes de saúde, responsáveis por inspecionar possíveis focos do mosquito.

Cunha reforça a necessidade de um esforço conjunto: “Dedique 10 minutos para verificar o ambiente doméstico, elimine objetos que possam acumular água e incentive seus vizinhos a fazerem o mesmo. Também é fundamental cobrar a atuação do poder público para recolher o lixo regularmente.”

Ciclo de vida do Aedes aegypti

O Aedes aegypti passa por quatro fases de desenvolvimento: ovo, larva, pupa e adulto. Assim como outros insetos, como borboletas, o mosquito sofre metamorfose completa. Durante a fase de pupa, ocorre uma transformação que prepara o inseto para a vida adulta. Diferentemente das borboletas, as pupas do Aedes são capazes de se movimentar, mas não se alimentam, o que as torna resistentes a inseticidas.

O ciclo de vida do mosquito varia entre 7 e 10 dias, dependendo de fatores como temperatura e umidade. Essas condições influenciam tanto o desenvolvimento quanto a longevidade do inseto, o que torna o verão o período mais crítico para a proliferação do Aedes aegypti.

Um esforço coletivo para evitar epidemias

Com o aumento de casos de dengue durante o verão, o cuidado preventivo é essencial para evitar surtos. Medidas simples no dia a dia podem salvar vidas, reduzindo a incidência da doença. A mobilização da população, aliada à atuação eficiente do poder público, é a chave para controlar a proliferação do mosquito e proteger a saúde de todos.

Mato Grosso do Sul já registrou 19.473 casos prováveis de dengue, sendo 16.207 casos confirmados, em 2024. Estes dados foram apresentados no boletim referente à 51ª semana epidemiológica, divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) na última semana de dezembro de 2024. Segundo o documento, 32 óbitos foram confirmados em decorrência da doença e outros 17 estão em investigação.

Em relação à Chikungunya, o Estado já registrou 2.757 casos prováveis, sendo 919 confirmados. Não há óbitos registrados.

A SES alerta que as pessoas devem evitar a automedicação. Em caso de sintomas de dengue ou Chikungunya, a recomendação é procurar uma unidade de saúde do município.

Fale com a Redação