Manifestantes promoveram um protesto durante a tarde e o começo da noite desta quarta-feira (29) contra o reajuste da tarifa do transporte público de Campo Grande, ocorrido no último dia 23 deste mês, quando o valor do passe saltou de R$ 4,75 para R$ 4,95, ou seja, aumento real de R$ 0,20.
O movimento aconteceu no Terminal Morenão. Munidos de cartazes e faixas, o grupo parou o trânsito e pediu, entre outras coisas, melhorias na qualidade do serviço oferecido pelo Consórcio Guaicurus, coletivo de empresas de viação que administra o transporte público há anos na cidade. Também defenderam a tarifa gratuita.
Entre os problemas relatados estão veículos sucateados, redução de ônibus nos dias de feriados, finais de semana e férias escolares, lotação e atrasos constantes. Pelo menos 70 pessoas participaram da mobilização, que foi convocada pelas redes sociais ao longo dos últimos dias e até mesmo recebeu apoio de uma vereadora.
Prefeitura ‘se esconde’ em reforma de terminais
Equipes da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana (GCM) acompanharam o protesto. Se antecipando ao movimento, a assessoria da Prefeitura divulgou uma matéria sobre as reformas que estão acontecendo nos terminais, afirmando que “representam um salto em qualidade, segurança e acessibilidade para os usuários do sistema público de transporte”.
O balanço aponta que os terminais Júlio de Castilho e Bandeirantes estão com as obras praticamente concluídas, já nos detalhes finais. No Nova Bahia, os serviços estão 80,45%. No Guaicurus, 70%, e no General Osório, 60% dos trabalhos já concluídos.
“Estamos trabalhando para entregar à população uma infraestrutura digna, que priorize o conforto, a segurança e a acessibilidade. Alguns desses terminais nunca haviam sido reformados em mais de 30 anos. É nosso dever garantir que os espaços públicos estejam à altura das necessidades da nossa população”, afirmou a prefeita Adriane Lopes.
Ainda segundo ela, a gestão municipal tem cobrado melhorias na frota de transporte coletivo e exigiu que o Consórcio faça a substituição de 190 veículos este ano, previstos em contrato. “Não se trata apenas de reformar estruturas. Estamos investindo em um sistema que respeite o cidadão em cada detalhe, seja no terminal ou dentro dos ônibus”, concluiu.
